O que hoje estamos a chamar milagre para Deus não é

Para alcançar algo da parte de Deus é necessário passar por várias etapas que Ele preparou e  não se pode pular, como muitos estão a querer fazer hoje, afirmou o pastor Gaston Batuyekula, quando ministrava a Palavra, no domingo (23.06), durante o concerto da cantora Regina Castelo.

A vida cristã não é feita só com flores, também exige sacrifícios, disse o pastor, que exortou os presentes a evitarem comparações. “Porque hoje ele está aí, eu também quero chegar lá! Não. Meu irmão, espera o seu tempo.” 
Segundo Batuyekula, o que hoje estamos a chamar milagre, para Deus não é. O pregador, ilustrou a sua fala com o exemplo de uma pessoa que estava a passar por uma aldeia e viu uma pedra a respirar. Curioso, aproximou-se e ao pegar a pedra, sem perceber, soltou um sapo que estava preso por baixo dela. 
No mundo do sapo, observou, que não tinha como sair porque a pedra era muito pesada, aconteceu um milagre e por isso começou a dar testemunho: hoje um anjo me salvou.
“Mas o homem não era anjo e aquilo não era milagre”, referiu o pastor, antes de lamentar que “é a mesma coisa que se passa nas nossas vidas.”
Recorrendo a história de José, filho de Jacó – que foi vendido pelos seus irmãos como escravo e depois se tornou governador do Egipto, o pastor disse, que os sonhos de uma pessoas, não se podem concretizar, se ela não ajudar a concretizar os sonhos dos outras. “José tinha sonhos, mas não foram os sonhos dele que lhe levaram a exaltação.” 
“Talvez você fez boas coisas aos outros mas foste esquecido. Não significa que Deus também te esqueceu. Um dia os outros vão sonhar, mas vão precisar de alguém para interpretar os seus sonhos. Você vai explicar o sonho dos outros, para se cumprir aquilo que você sonhou.”
Hoje, disse, talvez ninguém te conhece, estás aqui porque a nossa irmã nos chamou. “Talvez um dia, será o teu dia, você vai nos chamar, você será exaltado.” Mas, exortou, é necessário viver todas as etapas que Deus definiu. “Você tem sonhos, tem visão, mas tem que passar em todas etapas que Deus já preparou. Aquilo que José sofreu, foi que mais lhe exaltou.”
 
Cada semente tem o seu tempo
 
De acordo com o  pastor Gaston Batuyekula, muita gente na igreja questiona porque é que está a dar dízimos e não está a ver nada acontecer.
O dízimo tem também etapas e funciona como uma semente, segundo o ministro do Evangelho.
“Quando você está a dar dízimos, talvez a tua semente é como a do milho. Tem que esperar depois de três meses. Se for como a do café, espere por cinco anos.
Batuyekula, contou que durante uma visita ao Congo, numa cidade que se chama Kissango, comprou uma fruta que chamam mangustã. “Bem gostosa”, enfatizou.
Pediu a semente e lhe foi dito que tinha de esperar dezoito anos para colher o seu fruto. Dezoito anos! Exclamou e desistiu da ideia de levar a semente. “Falta de paciência”, reconheceu.
Talvez o teu dízimo é semente para dezoito anos, disse e apontou a existência sementes para cinco anos, três anos e de um mês.
“Não se preocupe, a semente não morre. Talvez você semeou para os teus filhos, talvez para os netos ou bisnetos. Aquilo que você está a colher hoje, alguém semeou.”