Fama está a levar músicos gospel à ruina

Não é pecado ser famoso, mas o músico é evangélico não pode querer a glória do dono do Evangelho, defendeu, no domingo, 12, o músico David Elonga. Falando durante um debate promovido pelo programa Harpa, alertou que a fama pode mudar o comportamento de um cristão e leva-lo à morte.
Fama está a matar
Para ilustrar que a fama mata, contou a história de um mosquito que certa vez voltou a casa e disse à sua mãe que em todo sítio por onde passou as pessoas batiam palmas, ao que a sua mão replicou para ter cuidado porque foram aqueles palmas que mataram o seu pai que também gostava delas. “Essa fama está a cavar o buraco para você”, alertou.
David Elonga, falou também da existência de músicos que estão perdidos porque estão a procurar a fama em todos os lados e não sabem que o cristão não pode entrar em determinados lugares.
Sob pretexto de evangelizar, denunciou, estão a entrar em lugares indevidos. “Que Evangelho você está a levar se a Bíblia diz em 2 Corintos 6: 14 que não pode se meter com os incrédulos?”, questionou.
O músico Samuel Paulo, alertou para os perigos da fama e afirmou que quem procura a fama não tem compromisso com Deus.
Respondendo ao apresentador do programa, Luís Capoco, se já existem músicos gospel famosos em Angola, confirmou e referiu que a fama tem estado a lhes levar a ruina. “Somos servos de Deus e vemos também a dimensão espiritual de cada um”, asseverou.
Samuel Paulo, falou ainda a existência de músicos orgulhosos, sem pastor, que não leem a Bíblia e da existência de tribalismo na música gospel.
David Elonga discordou da existência de tribalismo e referiu que é bakongo e tem bom relacionamento com várias pessoas que fez questão de citar alguns nomes. “Qualquer sítio em que me convidam eu vou”, rematou.
Outro ponto que os participantes ao debate corroboraram, é da existência de músicos que assumem compromissos mas não comparecerem no dia do evento. Sem citar nomes, David Elonga contou que esteve num evento no Sumbe, onde o convidado que estava no cartaz não compareceu.
Todo povo, explicou, sabia que estava a caminho, mas duas horas depois do início da actividade ligou a justificar a ausência com uma avaria no carro. “Afinal de contas o carro não avariou”, lamentou. Já Samuel Paulo, chamou de irresponsáveis músicos com tais comportamentos.
O músico Kapakata afirmou que não é sua característica faltar aos compromissos assumidos, o faz somente por imposição de “circunstâncias da vida”. Sobre a fama, observou que esta, trás muitas consequências na vida espiritual e alertou os famosos a terem temor a Deus.
Ivo Adelino, outro participante, garantiu ter provas de que há músicos que confirmam presença para certa actividades, não comparecem, nem justificam as razões da ausência.
O dinheiro e a fama, disse, não mudam as pessoas, apenas mostram o que elas são. Muitas vezes, notou, por falta de poder económico ou de fama, as pessoas se sujeitam a algumas humilhações.
“Eu não concordo que a pessoa se desviou por causa de fama ou por ter dinheiro. Simplesmente não tinha poderes e agora que tem mostra o que realmente é.”

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