Denunciado tribalismo na música gospel

A contribuição dos músicos gospel no resgate de valores, foi abordada ontem, no programa radiofónico 100% Jovem, emitido pela rádio Tocoista e contou com a participação no estúdio  da rádio, dos músicos evangélicos Kapakata e Chorão, e de ouvintes.

O músico Kapakata marcou presença no evento
Kapakata denunciou a existência tribalismo no seio dos músicos. (Foto: Arquivo)

O debate foi marcado por críticas dos ouvintes à classe de artistas evangélicos pela perda de identidade, cobrança de valores, participação em actividades “mundanas”, filiação em produtoras seculares e pela acusação de que os músicos estão mais preocupados com a fama e o dinheiro.
No estúdio, Kapakata e Chorão procuraram “separar as águas” e justificar a importância do dinheiro para o desenvolvimento da carreira.
Quanto a participação em actividades consideradas “mundanas”, Kapakata, defendeu que o músico gospel não pode partilhar o palco com um músico secular. Ao falar da identidade do músico evangélico, afirmou que “certos” músicos deixam a desejar pelo que fazem e tem dificuldades lhes identificar como “irmãos ou colegas no ministério”. 
Falando da qualidade, referiu que as pessoas agora querem música com mensagem, mas acontece que alguns músicos consideram mais os ritmos. Aconselhou aos que cantam sobre amor, a viverem “o próprio amor”. 
Denunciou a existência de tribalismo na no seio dos músicos, “quem é bakongo se junta com bakongo, quem é sulano se junta com os sulanos”.
Já o autor da música “Telefone”, irmão Chorão, reagindo aos comentários sobre a participação de músicos em concertos “mundanos”, disse que no seu caso, para considerar um convite, este, tem de passar pelo Pastor.
“O meu Pastor vai analisar o convite e se dizer que naquele lugar como filho de Deus não vai, eu não vou, porque tenho um conselheiro, aquele servo que Deus usa como instrumento de trabalho para revelar o que é bom e o que não é bom.” 
Sobre a falta de unidade, considerou ser resultante do facto de cada músico ter a doutrina da sua congregação como base para o trabalho que desenvolve e de cada congregação ter o seu próprio “ritmo”.

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